quarta-feira, 17 de abril de 2013

Liberdade, o que é isso?




Liberdade o que é isso? Será que algum de nós é livre?

Na História humana o homem sempre tentou libertar-se de alguma coisa.
Querer ser livre faz-nos pensar no passado, mas também envia o nosso pensamento para o futuro.
Estar livre de alguma coisa, quando muito nos tira as “grilhões”. E nem sempre a liberdade nos é benéfica, a História é a prova disso.

Muitos querem a liberdade, e depois o que vão fazer?

A história real que eu vou contar a seguir nos ilustra exactamente isso.

Na revolução Francesa existia a Bastilha. Era a penitenciária mais conhecida de França. Garantida para aqueles condenados com prisão perpétua.
Ou seja, entrava-se vivo na Bastilha, mas jamais se saía vivo de lá. Quando eles eram lá colocados e presos com algemas ou grilhetas, as chaves eram colocadas fora, pois não iriam ser mais precisas. Para que eram precisas se as fechaduras jamais se abriam. Havia milhares de presos; de que serviria guardar tantas chaves? Se depois de entrarem lá, nas prisões escuras, ficavam lá para sempre!

Pois, mas os revolucionários franceses achavam a melhor coisa era libertar as pessoas da Bastilha. Naquelas celas escuras existiam pessoas que estavam lá à cinquenta ou sessenta anos em tortura, simplesmente porque desobedeceram à lei.

Os revolucionários abriram os protões da Bastilha e carregaram as pessoas para fora. As pessoas ficaram sem saber o que fazer.
É normal, para uma pessoa que esteve presa durante dezenas de anos em celas escuras e agora ver o sol era assustador.
Muitos não queriam sair. Os olhos estavam muito perceptíveis. Quando entraram para a Bastilha tinham vinte e cinco anos e agora têm setenta e tais. Viveu a sua vida lá, por isso para quê sair? A cela escura é o seu lar.

Os revolucionários queriam libertar os presos, mas os presos lutavam, pois não queriam sair.
Lá tinham comida, podiam descansar. E lá fora os amigos talvez não os reconheceriam ou talvez já morreram…
Diziam: Porque nos estão obrigar a sair? Onde é que vamos dormir? Não temos casa, nem família,o  nosso mundo todo mudou. Não nos torturem mais, já fomos bastante torturados.

Porém os revolucionários são pessoas teimosas e não ouviam. E o presos foram obrigados a sair da Bastilha, mas na mesma noite a maior parte das pessoas voltaram.

Os revolucionários ficaram chocadíssimos.

Isto mostra que para muitos a liberdade não é uma bênção.

No entanto é compreensível que o homem queira ser livre. Mas o que é que o homem faz com a liberdade?
O que me parece é que a humanidade sabe viver em cativeiro, mas não sabe viver em liberdade.

Estranho… em cativeiro as pessoas vivem, em liberdade as pessoas matam-se umas às outras.   

terça-feira, 16 de abril de 2013

Dificuldades



Tudo o que sinto,
na marginalidade das coisas
o encontro.
Tudo o que vejo,
na interrogação das questões
o descubro.
Tudo o que ouço,
na imaginação dum sonho inacabado
o agarro.

De tudo o que sinto,
o que vejo,
e que ouço,
nada me fica e não ser o vão.
O desespero de despertar
da insónia mal dominada
na penumbra duma noite solitária
entre o tudo e o nada.

De factos e coisas achadas
descobrindo a paranóia dos sonhos
o irreal aparece deslumbrado
na imbecilidade do previsto.

PN